Ivan Pavlov (1849 – 1936)


Ivan Pavlov, médico russo que nasce em Riazán, 1849. Foi o filho mais velho de um padre. Frequentou o seminário e interessou-se pelas ciências naturais, estudando na Universidade de São Petersburgo. Depois de se licenciar ingressou em 1875, na Academia de cirurgia médica, obtendo o doutoramento e uma bolsa de investigação. Em 1980 torna-se professor da Academia Militar e foi nomeado diretor do departamento de fisiologia do Instituto de Medicina Experimental.

Ganhou o prémio nobel de fisiologia em 1904, estudando o sistema digestivo dos cães.

 Nos anos 90, Pavlov fez diversas experiências com cães, observando que esses salivavam não só com a comida mas também com a aproximação de um tratador que vestia bata branca. Pavlov, iniciou os seus estudos em fisiologia a partir da associação que existia entre o comportamento do animal – salivação- e a associação que este fazia da comida ao tratador. Dessa forma, através de um metrómano, mediu a quantidade de saliva que os cães produziam à comida e ao tratador, sem comida. Depois da relação estabelecida pelas animais, Pavlov substituiu o metrómano por uma campainha e outros estímulos, prosseguindo a mesma experiência até chegar ao resultado que esperou encontrar, a existência do comportamento condicionado. (a comida o estimulo incondicionante, a salivação, a resposta incondicionante, o tratador, o metrómano, a bata branca, o estimulo condicionante, e novamente a salivação ao estimulo condicionante, a resposta condicionante). De um simples acaso, Ivan Pavlov, tornou-se num dos primeiros cientistas ligados às teorias de aprendizagem no ser humano, através da sua teoria de comportamento condicionado, isto é, o ser humano, segundo Pavlov, podia ser condicionado desde a infância a se tornar naquilo que se desejasse. À parte dos direitos mais elementares do ser humano a influencia das suas teorias foram e são de enorme peso para a compreensão do ser humano e das múltiplas influências e condicionamentos que o constituem.

Obras que se destacam:

A função das principais glândulas digestivas, 1897

Reflexos Condicionados, 1928

Reflexos Condicionados e psiquiatria, 1941

Mary Ainsworth (1913 – 1999)


Mary Ainsworth, psicóloga canadiana, que nasceu em 1913 em Glendale – EUA – mas mudou-se com a família para o Canadá aos 5 anos. Era a filha mais velha de quatro raparigas de um casal de graduados que colocaram em grande destaque a educação das filhas. Sempre com a intenção de estudar psicologia, licenciou-se e doutorou-se em 1929,na Universidade de Toronto. A sua vida profissional iniciou-se pelo ensino na própria faculdade. Alistou-se e integrou as forças armadas femininas do Canadá em 1942 para a II guerra mundial - 1939 – 1942 -. Depois da guerra, Mary Ainsworth regressou à faculdade em 1946. Casou 5 anos depois , em 1950, e com o marido Leonard Ainsworth, e emigrou para Londres. Trabalhou com John Bowlby na Clinica Tavistock.

As suas investigações bem conhecidas sobre o attachement e a vinculação, incidiram sobre os efeitos que a mãe tem sobre o latente. Dos resultados dessas investigações destaca-se que quando a ligação ou vínculo ente a mãe a o bebe se rompe, a criança enfrenta problemas de desenvolvimento. A criança separada da mãe pode demonstrar dois tipos de apego ou attachement que se podem sintetizar da seguinte maneira:

Se não dá sinais de mal-estar ou desconforto pela separação, o apego é caracterizado como ansioso – evitativo. Se demonstra desconforto e um mal – estar crescente o apego é ansioso – ambivalente.

Em 1975, Mary Ainsworth obteve a titularidade como professora na Universidade da Virgínia. Retirou-se do ensino em 1984. Recebeu várias distinções pelos seus estudos sobre a vinculação e em especial o attachement tais como o da Associação de Psicologia de Maryland em 1973 e uma medalha de ouro da Fundação de Psicologia Americana. Faleceu em 1999.

As Obras que destacamos:

Child Care and the Growth of Love  - com John Bowlby, 1965

Infancy in Uganda, 1967

Patterns of Attachment, com M. Blehar, E. Waters, & S. Wall, 1978

Jean Piaget ( 1896 - 1980)


Jean Piaget, nasceu em 1896, na Suíça. Filho primogénito de um casal ligado à psicologia e à literatura, Jean Piaget interessou-se por biologia e psicologia. Estudou zoologia na Universidade de Neuchâtel, sua terra natal, até 1918 e Psicologia com Carl Jung e Paul Bleuler em Zurique. Também estudou Psicopatologia na Universidade de Sorbonne em Paris.

 Em 1920 trabalhou com Théodore Simon (1872 – 1961) e Alfred Binet (1857 – 1911) e evoluiu nas suas próprias teorias a partir dos testes que efetuava com Théodore Simon – testes de inteligências e desenho que estabeleciam a relação entre a idade da criança e a natureza dos seus erros. Jean Piaget por não concordar com a rigidez dos testes que Theódore Simon aplicava começou a fabricar umas alterações ao mesmo, com noções como a criatividade ou a imaginação. Desenvolveu os seus próprios estudos sobre a infância, identificando quatro estádios do desenvolvimento cognitivo: Estádio sensorio-motor (0-2 anos), Estádio pré-operativo ( 3 -7 anos), Estádio operacional ( 8-11 anos) e o Estádio das operações formais (12 -15 anos). Ao grupo de todas as suas teorias criadas, dá-se o nome de Epistemologia Genética de Piaget.

Jean Piaget morreu em 1980, em Genebra, na Suiça.

Das inúmeras obras de Jean Piaget, destacamos:

A formação do símbolo na criança, 1945

O nascimento psicológico da criança, 1936

Seis estudos de psicologia, 1964

Solomon Asch (1907 - 1990)


Solomon Asch, psicólogo Americano, nasceu em 1907, no seio de uma família judia em Varsóvia – Polónia -. Emigrou para os Estados Unidos em 1920, aos 13 anos. Viveu com a sua família em Manhattan – East Side – e aprendeu a língua inglesa lendo Charles Dickens (1812 – 1870).

Em 1928, Solomon Asch obteve a sua licenciatura em psicologia em Nova Iorque e doutorou-se na Universidade da Colômbia em 1932, com 25 anos. Foi influenciado por Max Wertheimer (1880 – 1943) com a Teoria da Gestalt. Essa influência vincou o seu pensamento e a sua teorização sobre o conformismo. Como profissional de psicologia deu aulas no Swarthmore College em 1947 e de no Instituto tecnológico do Massachusetts. Dirigiu a tese de doutoramento de Stanley Milgram (1933 – 1984) na Universidade de Harvard e também deu aulas na Universidade da Pensilvânia.

Dos seus estudos e análise de grupos e como psicólogo social,  Solomon defendeu que o ser humano tem tendência para se conformar, quando a maioria das pessoas à sua volta têm uma opinião diferente da sua. Segundo Solomon, o grupo no qual um individuo está inserido exerce uma forte influência sobre todos os seus membros. Um individuo por estar inserido em determinado grupo será fortemente impelido a pensar de forma contrária às suas convicções e a seguir em conformidade com a maioria do grupo, podendo mesmo convencer-se disso.

Solomon ficou conhecido pelo seu trabalho em psicologia social, tendo sido galardoado por diversas vezes. Uma das mais importantes distinções foi da comissão científica da Associação Americana de Psicologia. Faleceu aos 83 anos, em 1990.

Principais Obras:

Effects of Group Pressure Upon the Modification and Distortion of Jugment, 1951

Social Psychology,  1952

Opinions and Social Pressure, 1955

Studies of Independence and Conformity, 1956

Alfred Binet (1857 - 1911)


Alfred Binet foi um psicólogo francês que ficou conhecido pelas suas escalas de inteligência. Nasceu em Nice – França -. Licenciou-se em direito, pela Universidade de Nice em 1878, aos 21 anos, mas identificando-se com a psicologia, voltou a estudar, desta vez ciências pela Universidade de Sorbonne, em Paris.

Em 1883 aceitou um convite de Jean –Martin Charcot (1825 – 1893) para trabalhar no Hospital de la Salpêtrière. Trabalhou como psicólogo experimental e foi diretor associado ao lado de Jean-Martin Charcot até este falecer.

Depois do seu casamento com Edouard-Gérard Balbiani e do nascimento das suas duas filhas, Alfred Binet interessou-se pela inteligência e a aprendizagem. Em 1891, nomearam-no diretor adjunto do laboratório de psicologia experimental de Sobornne, do qual também chegou a diretor.

Um dos aspetos mais notáveis de Alfred Binet foram os estudos sobre a inteligência das crianças. Aderiu ao governo francês para assim conseguir conduzir os seus estudos, medindo o quoeficiente mental de inúmeras crianças francesas. Com Theodore Simon, esboçou um sistema para o Teste de QI, que identificava as forças mentais e as capacidades das crianças, individualmente e por comparação com crianças da mesma idade. Esta escala foi chamada de Escala de Inteligência de Binet-Simon. Alfred Binet e Theodore Simon foram a fonte de inspiração para o na altura aluno Jean Piaget (1896 – 1980)

O seu importante trabalho sobre a inteligência levou-o à fama e ao recolher de muitos prémios de grande prestígio tais como aquele atribuído pela academia francesa de Ciências Morais e Politicas ou o Premio Worth Prize Money. Foi reconhecido por todos os seus pares e tido como membro pela sociedade francesa de biologia em reconhecimento do seu trabalho notável no campo da psicobiologia. Mesmo depois da sua morte em 1911, aos 54 anos, Alfred Binet continuou a receber honras entre elas a mudança de nome da Société libre pour l’etude psychologique de l’enfance, que depois da sua morte ficou conhecida como Société Alfred Binet.

Otto Rank (1884 –1937)


PsicanalistaVienense.

Otto Rank, Psicanalista, nasceu em 1884, dois anos depois que Melanie Klein (1882 – 1960) em Leopoldstadt, nos subúrbios de Viena, na Áustria. Filho de um pai alcoólico, agressivo e ourives judeu, Otto Rank não teve uma infância feliz e aos 14 anos teve que desistir dos estudos para ir trabalhar como mecânico. Sofreu com fobias e um medo patológico de micróbios e das relações sexuais. Foi autodidata e um dos discípulos favoritos de Sigmund Freud (1839- 1956). Este considerou-o um filho, pela sua historia de vida e por ser muito dedicado à psicanalise. Fazia as atas das reuniões da sociedade  das quartas-feiras, sendo o primeiro arquivista em psicanalise. Aos 24 anos publicou o seu primeiro livro “O Mito do Nascimento do Heroi” e aos 28 anos já tinha publicado mais três, sendo os seus temas:  a literatura, os mitos e o incesto. Entrou para a faculdade e em 1912 obteve o doutoramento em Filosofia. Em 1926 propôs a terapia ativa que consistia em tratamentos mais curtos e limitados previamente, recentramento no presente e não orientando o paciente para os estádios infantis, para o inconsciente e para a análise dos sonhos. Também se opôs a Sandor Ferenczi (1873 – 1933) para defender a flexibilidade nas regras da psicanalise. Otto Rank foi excluído da American Psychoanalytical Association em 1930, por intrigas antigas efetuadas em especial por Ernest Jones (1879 – 1958)

Em 1942, publicou uma obra de grande destaque “ O Traumatismo do Nascimento”. Neste seu trabalho defendeu que todo o ser humano que nasce sofre um traumatismo do qual procura recuperar sem no entanto querer voltar ao útero materno. Era definido o protótipo da angústia psíquica. Esta obra foi por muitos adotada. Algumas semanas depois de Sigmund Freud falecer, Otto Rank, apanha uma septicémia e morre igualmente, aos 47 anos, em 1939.

Das suas obras destacamos: Estudos Psicanalíticos, 1924/1932/1973, Otto Rank e Hanns Sachs, Psicanalise e Ciências Humanas, 1913/1980, Otto Rank e Sandor Ferenczi, Perspetivas da Psicanalise, 1924/1994, A Técnica da Psicanalise, 1926, Os Primeiros Psicanalistas – Minutos da Sociedade Psicanalítica de Viena, 1906-1918, 4 Volumes, 1962-1975

Vitor Tausk ( 1879 - 1919)


Advogado, psiquiatra e psicanalista austriaco.

Sigmund Freud (1856 – 1939) chamou-lhe “animal predador”.

Vitor Tausk nasceu na Eslováquia, em Zsilia, no seio de uma família judia de língua alemã. Passou a sua infância na croácia educado por um pai tirânico e uma mãe masoquista. Tornou-se advogado e casou-se com Martha Frish-Tausk (1881- 1957) com a qual teve dois filhos: Marius e Victor-Hugo. Vitor Tausk enveredou pela psicanalise através de Sigmund Freud. A Psicanalise, segundo o próprio Vitor Tausk era uma forma de superar os fracassos na sua vida amorosa e intelectual. Pediu a Sigmund Freud que o analisasse. Este recusou-se e indicou helene deutsch (1884 – 1982). Fracassou. A analise de Vitor Tausk terminou por criar confusões transferências e contra-transferênciais, No mesmo ano do termino da sua analise, em  1919, Tausk suidicou-se por estrangulamento e tiro na cabeça. Escreveu um texto interessante para todos “ Da génese do Aparelho de influenciar na evolução da esquizofrenia”.

 

Max Graf (1873 - 1958)


Critico e  musicólogo austríaco.

 É o Pai de Herbert Graf – O Pequeno Hans – o caso clinico de Sigmund Freud (1856 – 1939) mais conhecido e publicado em 1909. De Viena, Max Graf provem de uma família judia originária da Galicia. Foi filho de um jornalista terminou os estudos de direito e música em 1989. Nesse mesmo ano casou com uma jovem atriz de seu nome Olga König e teve dois filhos: Herbert Graf ( O pequeno Hans) e Hanna Graf nascida três anos mais tarde. A sua última filha suicidou-se nos Estados Unidos, durante a sua vida adulta. Foi musicólogo, redigindo obras de Richard Wagner e o navio fantasma publicado por Sigmund Freud. Ensinou história e estética musical em Viena. Max conhecera Sigmund Freud através da sua esposa que tinha recebido tratamento com este a propósito da sua neurose. E terá sido este contacto que levou Sigmund Freud ao tratamento do pequeno Hans através do seu pai, que redigiu em 1908. Um ano mais tarde, Sigmund Freud publicaria o caso analisado por si. A convite de Freud, Max Graf participou na Sociedade das Quartas-Feiras.

Alain Braconnier


Alain Braconnier é um médico francês e psicanalista parisiense, especialista da infância e da adolescência. É atualmente chefe de serviço da consulta de adolescentes no Centro Philippe Paumelle-Paris. É também Professor na Universidade Paris Descartes – Paris V. A sua vasta bibliografia é conhecida mundialmente.

Algumas Obras que se destacam neste autor:

L'enfant Optimiste: En famille et à l’école, 2015

Sexe, Sexuel, Sexualité: Du bébé à l'adolescent, (Alain Braconnier, B. Golse e coletivo  2014)

Adolescence et Psychopathologie 8e, 2013

Être Parent Aujourd'hui: Amour, Bon Sens, logique, 2013

Les Filles et les Péres, 2008

Le guide de l'adolescent: de 10 ans à 25 ans, 2007

Mère et Fils, 2007

Petit ou Grand Anxieux?, 2004

Le Sexe des émotions, 1996

Les Bleus de l'âme: Angoisses d'enfance, angoisses d'adultes, 1995

Ronald Fairbain (1889 – 1964)


Médico psicanalista britanico.

Estudou  Teologia e Filosofia antes de medicina. Após ter concluído os estudos de medicina seguiu o percurso pela psicoterapia e pela psicanalise. Foi Professor universitário. e clinico em hospitais. Os seus estudos estão ligados à Esquizofrenia e à fobia. Foi o inventor do termo “Sabotador Interno “ que faz referência ao Super-Ego Freudiano. É para Ronald Fairbain um Ego Anti-libido – uma parte do ego que se liga a objetos frustrantes e ameaçadores. Foi teórico da relação de objeto elaborando a posição original e defendendo que os objetos externos são transformados por processos inconscientes. Também desenvolveu teorias do Self. Dessas teorias explicitou a dissociação egoica, preconizando um Ego Central - ego libidinal ligado os objetos excitantes e os Egos Subsidiários Nunca foi verdadeiramente reconhecido pelos seus colegas psicanalistas tentando integrar-se no grupo dos independentes. Faleceu aos 75 anos, em 1964, vítima de uma Trombose Cerebral por estar acometido pela Doença de Parkinson

Obras que mais se destacam:  Estudos Psicanaliticos da Personalidade,  Londres, Tavistock, 1952

Paula Heimann (1899 – 1982)


Médica, Psicanalista.

Estudou em diversas universidades alemãs antes de se fixar em Berlim. Fez tratamento do Theodor Reik. Foi membro da Deutsche Psychoanalitische Gesellschaft (DPG) em 1932 mas depois obrigada a emigrar para fugir do nazismo instalou-se em Inglaterra – Londres – a convite de Ernest Jones.

Integrou-se na BPS - British Psychoanalytical Society, aí conheceu Melanie Klein. Fez também análise com Melanie Klein e foi uma das suas discípulas assídua. Paula Heimann foi uma das psicanalistas didatas mais importantes da sociedade britânica de psicanalise (BPS) e ficou conhecida pelos seus trabalhos notáveis sobre a contra-transferencia e a identificação projetiva e as relações objetais. Pertenceu ao Grupo dos Independentes. Faleceu em 1982.

Theodor Reik (1988 – 1969)


Theodor Reik, foi um psicanalista do círculo de psicanalistas que conviviam com Sigmund Freud (1856 - 1939). Seu admirador tinha a alcunha de “Símile Freud”, pois imitava-o na barba, na forma e vestir e fumava a mesma marca de charutos. Começou a trabalhar muito cedo para sustentar a família. Por gosto e não obrigação estudou e Filosofia e tornou-se um erudito em literatura e antropologia. Fez análise com Karl Abraham em Berlim. Fez uma segunda análise com o seu grande amigo Sigmund Freud. Em 1925, surgiu um caso judicial contra Theodor Reik por este exercer medicina de forma ilegal – na sua versão psicanalítica – e por essa razão Sigmund Freud o defendeu através da obra “ A Questão da Analise Leiga” (1926).Esta situação tomou uma porporção além do desejado por Theodor Reik, tendo sido analisado pela IPA – International Psychoanalytical Association – a ponto de dividir a comunidade freudiana de um lado os psicanalistas médicos e por outros os psicanalistas leigos. Instalou-se em Berlim em 1928 e depois emigrou para Nova-Iorque. Visitou Sigmund Freud pela ultima vez um ano antes deste falecer em 1938, já exilado em Londres. Faleceu nos Estados Unidos em 1969.

Obras que se destacam: Ecouter avec la troisieme oreille. L’expérience intérieure d’un psychanalyste, 1948 / Fragment d’une grande confession, 1949

Françoise Dolto (1908 - 1988)


Médica. Psicanalista.

Françoise Marette Dolto foi uma das psicanalistas mais notáveis no estudo e tratamento da psicose infantil, em especial, autismo Educada segundo as regras e princípios da burguesia parisiense, desde a tenra idade foi ensinada e afastada sobre os perigos da sexualidade. Dedicou-se à medicina da educação, como revolta contra a que recebeu e para evitar que outros sofressem o mesmo que ela.

Fez uma psicanalise que durou 3 anos e teve inicio em 1934. Desta, salda-se uma nova relação com a vida e com os homens. Tornando-se uma mulher consciente de si, sexualmente atraente em vez que uma personagem infantil e mortífera para si mesma. Os seus trabalhos teóricos em psicanalise são conhecidos mundialmente, em especial naquilo que se referente à imagem inconsciente do corpo. Tendo enveredado pela pediatria, Françoise Dolto inventou um método peculiar para tratamento de crianças com a técnica do jogo e da interpretação de desenhos.

Criou a Escola Freudiana de Paris e trabalhou no Centre-Medico-Psycho-Pédagogique (CMPP) Etienne Marcel até 1981. Teve o seu consultório privado e deu consultas gratuitas em diversas instituições.

Obras que mais se destacam: Psicanalise e Pediatria, 1939 / O caso Dominique, 1971/ No Jogo do desejo,1981 / Seminario de Psicanalise de Crianças, 1986 / A dificuldade de viver 1995 / Sexualidade feminina, 1982 / Solidão, 1985 /

Harry Stack Sullivan (1892 - 1949)


Psiquiatra americano.

Nasceu em 1892em Norwichno Estado de Nova Iorque. Provinha de um meio rural e e uma família de emigrantes irlandeses. Aos 4anos desenvolveu fobia a mulheres o que é relatado com a sua mãe descrita sempre em depressão e um tanto melancólica. Tinha um medo irracional por aranhas e foi interpretado como horror à mulheres. Tornou-se homossexual. Formou-se em psiquiatria no Sheppard and Enoch Pratt Hospital em Maryland e Professor Universitário. Abraçou a Psicanalise mas rejeitou as teorias freudianas ligadas ao inconsciente, à sexualidade ou ao édipo. Dedicou parte da sua vida profissional ao estudo e tratamento da esquizofrenia adotando aquilo que seria a sua marca profissional: o culturismo. Considerava a esquizofrenia como uma regressão filogenética em estado selvagem, muito associado às suas conceções de culturismo.

Obras que se destacam: Conceptions of modern psychiatry Washington, william Alanson White Psychiatric Foundation, 1947 / The interpersonal theory of psychiatric, 1964

Martha Freud (1861 - 1951)


Martha Freud era a esposa de Sigmund Freud (1856 – 1939).Nasceu em 1861 em Wandsbeck, perto de Hamburgo. Alemã, tinha o sobrenome de Bernays. Era irmã de Mina Brnays e de Eli Bernays que casou com Anna Freud Bernays, a primeira das cinco irmãs de Sigmund Freud e a única que escapou com vida ao extermínio dos Nazis.

Era filha de Herman Bernays que foi negociante antes de se tornar secretário de Lorenz Von Stein, Professor de Direito e de Economia. Sigmund Freud conhecera Martha numa das suas visitas à casa da sua irmã. Em 1882, Sigmund Freud se apaixonara por uma rapariga morena, esbelta e de olhos negros expressivos. Esta tambem gostou de Sigmund Freud. Contra o namoro era a mãe de Marha que dizia que Sigmund Freud não tinha fortuna nem posição social. Depois de ficar noiva de Freud, Martha voltou à sua terra natal, deixando o noivo em Viena – Austria. O namoro entre os dois deu-se por correspondência. Das mil caras entre Sigmund Freud e Martha Freud, foram publicadas em 1960, cerca de uma centena ,uma amostra pouco representativa dos 3 anos de noivado que se consumou a 13 de Fevereiro de 1886.

Após o casamento, Sigmund Freud teve a intenção de afastar a jovem da sua família e esta acedeu com gosto. Sigmund Freud tinha por objetivo torna-la uma burguesa modelo. Martha Freud era uma dona de casa e uma mãe dedicada aos seus 6 filhos: Anna Freud, Ernst Freud, Mathilde Freud, Sophie Freud, Oliver Freud, Jean Martin Freud.

Depois do nascimento do ultimo – Anna Freud ( 1895 – 1982), Martha Freud com 34 anos, sentia-se exausta e Sigmund Freud com 40 anos decidiu viver em contenção.

Da vida familiar, conhece-se que Sigmund Freud era uma patriarca exigente e autoritário, monógamo. Tinha um caracter violento e impulsivo em contraste com a bela Marta que era calma e suave. O marido era um eximio intelectual enquanto esta não se interessava nem por psicanalise nem pelo intelectual. Martha Freud faleceu aos 90 anos, 12 anos depois de Sigmund Freud.

Rudolph Loewenstein (1898-1976).


Psiquiatra e Psicanalista Americano.

Rudolph Loewenstein nasceu Lodz, Polónia. Pertencia a uma família judia radicada na Galícia polaca, integrada no Império Russo. Estudou medicina. Partiu para Zurique, pois teve que emigrar devido ao anti-semitismo. Com Eugen Bleuer (1857 – 1939), descobriu a nova psiquiatria. Depois em Berlim, refez novamente os estudos de medicina e interessou-se pela psicanalise de Sigmund Freud (1856 – 1939). Rudolph Loewenstein foi analisado por Hanns Sachs (1881 – 1947) emigrado em França pátria dos Direitos Humanos. Foi amante de Marie Bonaparte (1882 – 1962), obtendo desta maneira a naturalização francesa ao mesmo tempo que retomava pela quarta vez os estudos de Medicina. Participou na fundação do grupo de evolução psiquiátrica e na Sociedade Psicanalítica de Paris (SPP) com  Daniel Lagache (1903 – 1972) ao lado de René Laforge e Edouard Pichon. Em 1942 Rudolph Loewenstein integrou a New York Psychoanalytical Society. Assumiu a responsabilidade pelo ensino no instituto dependente da sociedade e de 1959 a 1961 foi o seu presidente. Também exerceu funções de presidente na American Psychoanalytic Association (APsaA) – entre 1957 e 1958 - .Faleceu em 1976.

Paul Federn (1871 – 1950).


Psiquiatra e Psicanalista Americano.

Paul Federn, psicanalista amigo e colega de Sigmund Freud (1856-1939). Foi o 5º membro da Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras. Paul Federn pertencia à burguesia judaica liberal de Viena – Áustria. Obrigado a estudar medicina, em 1902,Paul Federn começou a trabalhar como clinico geral em Viena e dois anos mais tarde, em 1904, casou-se com Wilma Bauer que tinha conhecido quando a tratou em idade jovem de um reumatismo articular. Tinha uma tendência inata para a depressão. Foi também um discípulo brilhante do freudismo comparado no meio ao apóstolo Paulo ou a um oficial subalterno do exército psicanalítico. Na Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras foi um dos pilares, dedicando-se ao ensino de um seminário particularmente rico sobre a interpretação dos sonhos. Interessou-se pela Telepatia e exerceu na Wiener Psychoanalytische Vereiningung – WPV – Instituto Psicanalítico de Viena - um cargo de administrador e organizador. Foi médico militar durante a primeira guerra mundial. Entre as duas guerras empenhou-se na revisão da teoria do ego e na reformulação da segunda tópica de Sigmund Freud (1856-1939) : Id - Super-Ego – Ego. Este interesse de Paul Federn, fiel à doutrina clássica, terminou na distinção entre o ego e o self – o primeiro passo para a Self Psychology. Nunca foi muito reconhecido pelos seus colegas da Ego Psychology. A 3 de maio de 1950, organizou os seus papeis, deixou instruções por escrito a um dos filhos – Walter Federn - recebeu os seus pacientes normalmente e à noite às três da manha, terminou a sua vida com um tiro na cabeça.

Ignacio Matte-Blanco (1908-1995).


Psiquiatra e psicanalista.

Ignacio Matte- Blanco nasceu em 1908 no Chile.. Fez psicanalise com Allende Navarro (1890-1981) e foi um dos representantes no seu país da escola inglesa de psicanalise do Grupo dos Independentes. Constitui um grupo de estudos que foram reconhecidos pela IPA – a International Psychoanalytical Association. Emigrou para Roma, em Itália começou a dar aulas e a sua atividade como clínico. Freudiano, interessou-se pelos distúrbios narcísicos, pela questão do self e pelo tratamento da esquizofrenia.

Uma das suas obras de grande interesse é: The Unconscious as infinite Sets. Na Essay in Bi-Logic. Duckworth, 1975.

Marie Bonaparte (1883- 1962)


Princesa da Grécia. Psicanalista Francesa.

Marie Bonaparte foi uma das primeiras psicanalistas da época de Sigmund Freud (1856 -1939). Filha de Ronald Bonaparte (1858 – 1962), neto de Lucien irmão do Imperador. Marie Bonaparte nasceu em Saint-Cloud. Era sobrinha – bisneta de Napoleão Bonaparte (1769 – 1821). Teve uma infância e adolescência trágicas. .Vivia preocupada sobretudo com a própria frigidez. Á beira do suicídio encontrou Sigmund Freud. Muito apreciada por este, Marie Bonaparte foi um dos doze fundadores da Sociedade Psicanalítica de Paris, ao lado de René Laforgue, Adrien Borel, Rudolph Loewenstein, Édouard Pichon, Raymond de Saussure, René Allendy, entre outros. Foi uma grande tradutora da obra de Sigmund Freud. Financiou em parte o movimento francês de psicanalise e era uma fervorosa defensora da nova ciência. Era uma das personalidades mais respeitadas de psicanalise. Tornou-se psicanalista. Fez análise com Sigmund Freud até 1938. Atingida por leucemia fulminante Marie Bonaparte morreu completamente lucida depois de sucumbir a uma leucemia fulminante.

Grupos dos Independentes


O Grupo de independentes foi assim chamado por se ter criado um grupo de psicanalistas que se distanciaram de Mélanie Klein (1882- 1960) e de Sigmund Freud (1856 - 1939). Nesse grupo, constam Donald Woods Winnicott (1896 -1971), Ronald Fairbain (1889 – 1964), Jonh Bowlby (1907 – 1990), Michael Balint (1896 – 1970) entre outros.

Hanns Sachs (1881 - 1947)


Hanns Sachs, psicanalista americano, nasceu em 1881 em Viena, Áustria. Era um judeu opulento desejava ter sido escritor.  Era filho de um jurista de renome em Viena, seguiu a profissão do pai, mas cedo se interessou pela psicanalise, em especial após a leitura “A Interpretação dos Sonhos” (1900).

Em 1909 aderiu à Sociedade das Quartas-Feiras e tornou-se discípulo ortodoxo de Sigmund Freud. Foi membro do comité secreto e foi fundador com Otto Rank da revista Imago. Hanns Sachs foi um dos psicanalistas mais apreciados da primeira geração freudiana. Sedutor decidiu manter-se fiel a um primeiro casamento. Instalou-se em Berlim , em 1920, e formou um numero considerável de psicanalistas no Berlinder Psychoanalytisches Intituto (BPI). Antes da regulamentação da análise didática, em viajando com estes. 12 anos depois, em 1932, Hanns Sachs foi convidado pela Boston Psychoanalytic Society (BOPS) para formar psicanalistas. Faleceu em 1947, aos 66 anos.

Obras que mais se destacam:  Metapsicologia - Pontos de vista na técnica e na teoria, 1925, O Inconsciente Criativo, Estudos na Psicanalise de Arte, 1942,  A historia da psicanalise através dos seus pioneiros, 1966, O Circulo Secreto, 1991

Vitor Tausk (1879 - 1919)


Vitor Tausk nasceu em 1870 no seio de uma família judia de língua alemã. Foi advogado, psiquiatra e psicanalista austríaco. Sigmund Freud (1856 – 1939) colocou-lhe a alcunha de “animal predador”. Faleceu em 1910. Iniciou os estudos em medicina aos 29 anos, em 1908, sendo estes parcialmente financiados pela Sociedade das quartas-feiras. Tornou-se um dos mais brilhantes da sua geração.

Combateu na Guerra mundial na frente servia e quando voltou para Viena, teve múltiplas relações amorosas que terminavam com rupturas violentas que o tornava cada vez mais infeliz. Fez análise com Helene Deutsch (1884 – 1982). A análise de Vitor Tausk terminou cedo por criar confusões transferências e contra-transferênciais, por ter sido um fiasco. Nesse mesmo ano, 1919, Tausk suicidou-se por estrangulamento e um tiro na cabeça. Escreveu um texto interessante para todos “ Da génese do Aparelho de influenciar na evolução da esquizofrenia”.

Obras que mais se destacam: obras psicanalíticas, Paris, 1975

Max Graf (1837 - 1958)


Max Graf nasceu em 1837 e foi um musicólogo austríaco. Foi o pai de Herbert Graf – O pequeno Hans – um dos casos clínicos conhecidos de Sigmund Freud (1856 – 1939). De Viena, Max Graf provem de uma família judia originária da Galicia. Foi filho de um jornalista terminou os estudos de direito e música em 1989. Nesse mesmo ano casou com uma jovem atriz de seu nome Olga König e teve dois filhos: Herbert Graf ( O pequeno Hans) e Hanna Graf nascida três anos mais tarde. A sua última filha suicidou-se nos Estados Unidos, durante a sua vida adulta. Max conhecera Sigmund Freud através da sua esposa que tinha recebido tratamento com este a propósito da sua neurose. E terá sido este contacto que levou Sigmund Freud ao tratamento do pequeno Hans através do seu pai, que redigiu em 1908.
Em 1902, Sigmund Freud propôs a Max Graf que participasse na Sociedade das Quartas-Feiras e este aceitou, assistindo às mesmas regularmente.

Jean Bergeret (1923 - )


Jean Bergeret foi médico e psicanalista francês. Nasceu em 1923. Emigrou para Marrocos onde iniciou psicanalise com aquele que foi posteriormente seu psicanalista – Henri Foissin, especialista em Rorschach, no instituto de psicanalise em Casablanca. Foi aluno de Didier Anzieu (1923 – 1999), em 1957, funda com Charles Nodet, J. Cosnier o Grupo de Psicanalise de Lyon. Efetuou uma segunda Analise em Paris com Jean Favreau. Interessou-se pela toxicomania e pela violência. Em 1974 tornou-se professor na Universidade de Lyon, 2, e fundou um ano mais tarde o Centro Nacional de Documentação sobre toxicomanias. E entre 1999 e 2002 foi Membro da Comissão de Investigação da Associação Internacional.

Das suas inúmeras obras, destacam-se: A Personalidade Normal e Patológica, 1974, A Depressão e Os Estados-Limite, 1975, Toxicomania e a Personalidade, 1968, A Violência Fundamental, 1984, A Cura Psicanalitica sobre o Diva, 1998 (J. Bergeret et Cols.), O Erotismo Narcisico, 1999 (J. Bergeret e Cols.), Freud e a Violência e a Depressão, 1995, A sexualidade Infantil e os Seu Mitos, 2001 (J. Bergeret e M. Houser)

Hanna Maria Segal (1918 - 2011)


Hanna Maria Segal, médica e psicanalista nasceu em Lodz, na Alemanha em 1918. Fugiu da Alemanha e emigrou para Inglaterra. Terminou os seus estudos de medicina, em Edimburgo e iniciou os de psicanalise. Fez analise com  Melanie Klein (1882 -1960). Casou com o matemático  Paul Segal,quando tinha 28 anos e teve três filhos: Michael, Dan e Gabriel. Aos 32 anos já era psicanalista didata. Hanna Segal dedicou cerca de 60 anos a traduzir as obras de Mélanie Klein e consta que esta ultima não teria tanto sucesso se não fosse a sua mais fiel seguidora. Foi presidente da Sociedade Britânica de Psicanalise e vice- presidente da Associação Internacional de Psicanalise. Foi nomeada em 1987 pelo Memorial de Sigmund Freud para Chair da Universidade de Londres – UCL – em 1987. Dos seus trabalhos, destacam-se aqueles dedicados à compreensão da simbolização e da fantasia. Também a notar a identificação de duas formas de simbolização: equação simbólica e representação simbólica. Na equação simbólica, o objeto original está confundido com o símbolo, distanciando-se assim o sujeito da realidade. Na representação simbólica, na aproximação do sujeito à realidade, o objeto original é impercetível pela força do objeto – símbolo, substituto do primeiro contudo singular o suficiente para ser único.

 Dos seus trabalhos mais importantes e conhecidos mundialmente está o artigo “Notes on Symbol Formation” do International Journal of Psychoanalysis, 38 (1957), 391–405.

Hanna Segal é considerada uma das mais importantes psicanalistas contemporâneas, interessando-se pelas formas mais graves de psicopatologia.

Doas seus a trabalhos, destacamos: Introdução ao Trabalho de Melanie Klein, 1964, Klein, 1979, Melanie Melanie Klein, 1979, Psicanalise Clinica, 2004, Sonho, Fantasia e Arte,1993, Deliro e Criatividade, 1986 com Annik Comby.

Robert Fliess (1895 - 1970)


Robert Fliess, nasceu em 1985, foi filho de Wilhelm Fliess (1858 - 1928)  amigo intimo de Sigmund Freud e Ida Bondy, uma ex-paciente de Josef Breuer.  Proveniente do meio psicanalítico, estudou medicina e foi analisado em Berlim por  Karl Abraham (1877-1925), na Sociedade de Psicanalise de Berlim. Emigrou para os Estados Unidos como tantos outros colegas psicanalistas. Trabalhou como médico e como psicanalista ao mesmo tempo. Nos Estados Unidos fez uma segunda analise com Ruth Mack Brunswick . Da sua clinica, destaca-se o rebuscar da Teoria de Sedução de Sigmund Freud (1856 – 1939) para sublinhar  que os neuróticos graves tinham na infância sido sujeitos a violência de caracter sexual e criado traumas reais importantes. Faleceu aos  85 anos, em 1970.

Das suas obras destacam-se: O Símbolo, o Sonho e as Psicoses, 1973, O Real Escamoteado, 1984

Otto Rank (1884 - 1939)


Otto Rank, Psicanalista, nasceu em 1884, dois anos depois que Melanie Klein (1882 – 1960) em Leopoldstadt, nos subúrbios de Viena, na Áustria. Otto Rank não teve uma infância feliz e aos 14 anos teve que desistir dos estudos para ir trabalhar como mecânico. Sofreu com fobias e um medo patológico de micróbios e das relações sexuais. Mudou de sobrenome, substituindo o nome que provinha do pai – Rosenfeld – para Rank, para se distanciar-se desse. Foi autodidata e um dos discípulos favoritos de Sigmund Freud (1839- 1956). Este facilitou-lhe o caminho para a Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras, o início da Sociedade Psicanalítica de Viena. Foi secretário desta em 1906, aos 22 anos e fazia as atas das reuniões da sociedade sendo o primeiro arquivista em psicanalise. Aos 24 anos publicou o seu primeiro livro “O Mito do Nascimento do Heroi” e aos 28 anos já tinha publicado mais três, sendo os seus temas:  a literatura, os mitos e o incesto. Entrou para a faculdade e em 1912 obteve o doutoramento em Filosofia. Praticante de Analise leiga, foi um dos principais pilares para os conflitos dentro da psicanalise. Por essa razão, afastou-se de Sigmund Freud. Tambem começou a interessar-se pela relação materna, colocando de lado a importância ao édipo e ao pai. Em 1942, publicou uma obra de grande destaque “ O Traumatismo do Nascimento”. Neste seu trabalho defendeu que todo o ser humano que nasce sofre um traumatismo do qual procura recuperar sem no entanto querer voltar ao útero materno. Era definido o protótipo da angústia psíquica.  Algumas semanas depois de Sigmund Freud falecer, Otto Rank, apanha uma septicémia e morre igualmente, aos 47 anos, em 1939.

Das suas obras destacamos: Estudos Psicanalíticos, 1924/1932/1973, Otto Rank e Hanns Sachs, Psicanalise e Ciências Humanas, 1913/1980, Otto Rank e Sandor Ferenczi, Perspetivas da Psicanalise, 1924/1994, A Técnica da Psicanalise, 1926, Os Primeiros Psicanalistas – Minutos da Sociedade Psicanalítica de Viena, 1906-1918, 4 Volumes, 1962-1975

Herbert Rosenfeld (1910 - 1986)


Herbert Rosenfeld nasceu na Alemanha, no seio de uma família judia, em 1909. Estudou medicina e depois psiquiatria e depois enveredou pela psicanalise. Emigrou para Inglaterra em 1935, aos 26 anos e integrou a British Psychoanalytical Society, (BPS). Foi um dos grande estudiosos e discípulos de Melanie Klein (1882 – 1960) de igual forma como Hanna Segal (1918- 2011) e Wilfred Ruprecht Bion (1897 - 1979).
 Os seus trabalhos destacam-se aqueles sobre a transferência e o tratamento de psicoses e estados-limite ou descrições exaustivas sobre o uso e a natureza da Identificação projetiva. Faleceu em 1986, aos 77 anos.

Dos seus trabalhos mais importantes, destacam-se as obras: Os Estados Psicóticos, 1965, O Impasse e a Interpretação, 1987 (1990)

Daniel Paul Schreber (1842 - 1911)


Daniel Paul Schreber foi um dos pacientes de Sigmund Freud (1856-1939). Ficou conhecido pelo sofrimento que o assolou até à morte: uma psicose paranoide com delírios e alucinações muito graves. Nasceu em Julho de 1842, pertencia a uma família ilustre da burguesia protestante alemã  rígida de juristas, médicos e pedagogos. Aos 42 anos, Daniel Schreber, já era um jurista reputado e presidente do Supremo Tribunal da Saxónia. Nessa altura começou a dar sinais de distúrbios mentais. Depois de várias recaídas e internamentos, Paul Schreber redigiu as suas memórias – “Memórias de um Doente dos Nervos” – 1903 que o ajudou a recuperar. Contudo, a loucura fez parte da vida deste jurista e aos 68 anos, em Abril, de 1910 faleceu no manicómio de Leipzig.
Das memórias da sua vida, descrevem-se sofrimentos extremos, delírios vivenciados como realidade agudizante tais como o de ter vivido sem estomago e sem vesicula, tendo comido a laringe. Sigmund Freud, publicou a sua história e em especial o sofrimento de um homem que vive num neo-realidade de sofrimentos reais, em 1911, sob o titulo “O Caso Schreber”.

Joan Riviere (1883 - 1962)


Joan Riviere foi uma psicanalista inglesa que nasceu em 1883. Pertencia à grande burguesia intelectual inglesa. Depois de vários internamentos, fez um tratamento psicanalítico com Ernest Jones (1878 – 1958) e depois com Sigmund Freud (1856 -1939).
Participou na fundação da British Psychoanalytical Society (BPS) e foi inicialmente partidária de Mélanie Klein  sem ser fanática. Escreveu centenas de artigos que resultaram da sua experiência como clinica. Faleceu em 1962.

Jacob Levy Moreno (1889 - 1974)

Jacob Levy Moreno foi  um psiquiatra americano que ficou conhecido pela criação do Psicodrama. Nasceu em 1889, em Bucareste, no seio de uma família judia sefardita. Viveu em Viena, Áustria - por volta de 1896 - e em 1904 estabeleceu-se em Berlim. Moreno estudou medicina e depois psiquiatria sobre a direção de Otto Potzl – interessado em filosofia e teatro. Fundou o primeiro teatro de terapia psicodramática. Ficou conhecido pelo psicodrama que é de sua autoria e pela sociometria.

No final da sua vida, em 1974, com 85 anos, Jacob Moreno encenou a sua própria morte segundo os princípios do psicodrama: deixou de comer, só falava alemão e recebeu os seus entes queridos e fieis seguidores de todo o mundo.

Obras que mais se destacam: Fundamentos da sociometria, 1934, Psicoterapias de grupo e psicodrama,1975

John Bowlby ( 1907 - 1990)


John Bowlby foi um médico psiquiatra e psicanalista inglês que marcou uma época na famosa Clinica Tavistock. Os seus trabalhos em psicanalise ficaram conhecidos pelo estudo da relação mãe- bebé. Nasceu em 1907 no seio de uma família da alta burguesia, estudou psicologia e ciências naturais em Cambridge. Foi Professor e depois voltou à universidade para tirar a licenciatura em medicina. Foi analisado por Joan Riviere (1883 - 1962.) e fez supervisão dos casos clínicos com Nina Searl e Mélanie Klein (1882-1960). Opôs-se à perspetiva puramente psíquica da escola kleiniana, defendendo as influências do meio ambiente no desenvolvimento da criança. John Bowlby atribuía uma importância fulcral à realidade social e à educação no psíquico de uma criança.

Obras que mais se destacam: Cuidados Maternos e Saúde Mental, 1951, Apego e Perda: Apego, Perda e Separação – 3 volumes – 1969, 1973,1980.

Gregory Bateson ( 1904 - 1980)

Gregory Bateson, foi um antropólogo americano nascido em inglaterra que ficou conhecido em psicologia clínica, pela criação do conceito grande importância na compreensão da esquizofrenia ou do enlouquecimento: Double Bind. Gregory Bateson, nasceu em 1904, em Cambridge mas foi depois de emigrar para os Estados Unidos – Califórnia – que ficou conhecido, através dos seus estudos no Hospital para Veteranos em Palo Alto.

Na perspetiva da Escola de Palo Alto, a esquizofrenia era o resultado de uma relação precoce controversa, em especial na comunicação, entre a criança e a mãe.

Nina Raush de Traubenberg (1920 - 2013)


Nina Raush de Traubenberg (1920-2013)
Psicanalista, judia, Nina Raush de Traubenberg foi professora de Psicologia clinica e projetiva na Universidade Paris Descartes e Presidente da Sociedade Internacional do Rorschach e da Sociedade do Rorschach e técnicas projetivas de língua francesa. Foi editora da revista « Psychologie Clinique et Projetive » e do  « Bulletin Française du Rorschach et des Méthodes Projetives ». Foi fundadora da Escola de Paris de projetivas.
Obra Principal: A Pratica do Rorschach, 1970

Daniel Lagache (1903 - 1972)

Daniel Lagache (1903 – 1972)
Psicanalista, fundador da psicologia clinica em França. Médico e Psicólogo, Daniel Lagache foi Professor na Universidade de Estrasburgo e de Sorbonne. Colega de Maurice Bouvet e Françoise Dolto. Conviveu com autores seus colegas tais como Jean Paul Sartre e Jacques Lacan. Criou a PUF – Presses Universitaires Françaises - e a Biblioteca de Psicanalise e Psicologia Clínica, publicando mais 42 artigos.
Obras Principais: Obras Completas, 1932-1968, 5 volumes, 1977-1982;

Françoise Dolto (1908 - 1988)


Françoise Dolto (1908 – 1988)

Médica e psicanalista, colega e amiga de Jacques Lacan. Criou em Paris a primeira casa verde, casa de acolhimento para crianças até 3 anos. É autora da criação terapêutica “Boneca-Flor”. Colega de Daniel Lagache criou com este a Sociedade Francesa de Psicanalise. Participou na Fundação da École Freudienne de Paris com Jacques Lacan.

Obras principais: Psicanalise e Pediatria, 1939, O caso Dominique, 1971, No Jogo do Desejo, 1981, Seminário de Psicanalise de Crianças, 1982, 1988, Sexualidade Feminina, 1982, A dificuldade de viver,1995

Paula Heimann (1899- 1982)



Paula Heimann (1899 – 1982)


Médica psicanalista alemã, ficou reconhecida pelos seus trabalhos sobre a contra-transferencia. Integrou a sociedade britânica de psicanalise com Enerst Jones, contudo afastou-se pelas suas divergências com Melanie Klein. Das suas obras destacam-se: “A Contra-Transferência” (1950, “ Os Progressos da psicanalise”, (1952).

Heinz Hartmann (1894 - 1970)



Heinz Hartmann (1894 -1970)


Psicanalista Vienense, foi o fundador da Ego Psychology. Fez análise com Sigmund Freud e conviveu de perto com Josef Breuer. Foi diretor do Instituto de Psicanalise de Nova Iorque e presidente da Associação Internacional de Psicanalise. Das suas obras destacam-se: “A Psicologia do Eu e o Problema de Adaptação” e “Ensaios sobre a Psicologia do Ego”

William Fliess (1858 - 1928)


William Fliess (1858 - 1928)

Otorrinolaringologista foi o amigo íntimo de Sigmund Freud por excelência com quem trocou centenas de cartas. Tal como Freud, interessou-se pela sexualidade e tinha anseios de criar uma teoria parecida com a teoria de evolução de Charles Darwin. Com Sigmund Freud, elaborou conceções tais como a neurose, a histeria ou o édipo. Conviveu com Josef Breuer entre outros.

Maurice Bouvet (1911 - 1960)


Maurice Bouvet (1911 – 1960)

Psicanalista Francês que conviveu com autores tais como Daniel Lagache ou Françoise Dolto e Jacques Lacan. Pertenceu à Sociedade Psicanalítica de Paris e os seus trabalhos de inspiração freudiana destacam-se nas suas “Obras psicanalíticas, Vol. 1 e Vol. 2”

John Bowlby (1907 1990)



John Bowlby (1907 – 1990)


Médico psiquiatra, psicanalista, diretor da clinica Tavistock conviveu com grandes autores tais como Mélanie Klein que supervisionou a sua primeira psicanalise de crianças. Bowlby dedicou ao estudo da relação materna publicando “Cuidados Maternos e Saúde Mental” ou “ Apego e Perda”. Várias conceções marcam este autor tais como Apego, Perda ou Separação.

Sigmund Freud (1856 - 1939)


Sigmund Freud (1856-1939)

Médico psiquiatra é o criador da psicanalise.

Das suas conceptualizações mais importantes destacam-se:

A Metapsicologia – 2ª Tópica Id-Super-Ego-Ego / Pulsões de vida, de morte, sexuais, autoconservação/ Tópico, Dinâmico, Económico/ Narcisismo/ Inconsciente/ Recalcamento/ Processo Primário/ Processo Secundário/ Principio da Realidade/ Principio do Prazer/ 1ª Tópica: Inconsciente-Pré-consciente-Consciente

A Teoria da Sexualidade Infantil/Humana

Neurose/Psicose

Da sua Vida, destaca-se:

Vienense, recebeu uma educação judaica. Sigi de alcunha, Shlomo Sigismund Freud, iniciou os seus estudos em 1873 e tinha predileção pelas teorias de Darwin. Por questões financeiras renunciou à carreira de investigador e tornou-se clínico. Casou com Martha Bernays em 1882 e foi a sua esposa até 1856, ano da sua morte. Estudou com Jean Martin Charcot, quando foi para Paris com uma bolsa de estudos em neurologia, interessando-se pela histeria.  Em Viena, abriu consultório privado e na clínica Steindlgass. Teve seis filhos: Mathilde, Martin, Oliver, Ernst, Sophie e Anna. Em consultório tratava em particular mulheres da alta burguesia vienense entendidas como doentes dos nervos.

Trabalhou com o colega Josef Breuer quando abandou o método de Charcot a hipnose e aos poucos inventou a associação livre e a “psico-analise”. A partir da sua correspondência com William Fliess, Sigmund Freud, ensaiou as suas maiores invenções e a psicanalise. Implementou com um grupo de colegas entre os quais Otto Rank, Paul Federn, Sandor Ferenczi e Karl Abraham a psicanalise enquanto método de tratamento, tendo esta percorrido mundo e angariado adeptos de toda a parte. Anna Freud, professora primária e psicanalista, seguiu as pistas do pai e tornou-me como tarefa a publicação de inúmeras obras deste. Sigmund Freud Fundou a primeira sociedade de psicanalise e o ritual de conferências e encontro de investigadores de todo o mundo. É uma personalidade intemporal que criou uma ciência.

Das suas obras e artigos, destaca-se:

Projeto para uma Psicologia Científica (1895),

Estudos Sobre a Histeria (1897),

A Interpretação dos Sonhos (1900),

A Psicopatologia da Vida Quotidiana (1901),

Os chistes e a sua relação com o inconsciente (1905),

Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905);

Cinco Lições de Psicanalise (1905 - 1918),

Leonardo Da Vinci e uma Recordação da sua Infância (1910),

Totem e Tabu, (1912-1913),

Uma Introdução ao Narcisismo (1914)

Luto e Melancolia (1917)

Para além do Principio do Prazer (1920),

Psicologia das Massas e Análise do Ego (1921),

O Ego e o Id (1923),

A questão da Análise Leiga (1926),

O Futuro de uma Ilusão, (1927),

O Mal-Estar na Cultura, (1930),

Moisés e o Monoteísmo (1939),

Eugen Bleuler (1857 - 1939)


 

Eugen Bleuler  (1857 – 1939)

Eugen Bleuler,médico psiquiatra alemão que inventou os conceitos de esquizofrenia e autismo. Grande pioneiro do século XX defendia que a esquizofrenia era diferente a demência precoce. Caracterizou-a pelo termo Spaltung ou dissociação da personalidade e também pelo significado das alucinações e delírios.
Foi aluno de Jean Martin Charcot foi adepto de Sigmund Freud defendendo a integração da psicanalise e da psicologia na psiquiatria.

Jean Martin Charcot (1825 - 1893)


Jean Martin Charcot (1825 – 1893)

Jean Martin Charcot é um médico psiquiatra francês que estudou as crises histéricas. Criou a hipnose para tratar as mulheres que estavam internadas no hospital Salpêtrière com crises graves de histeria. O seu interesse levou-o a criar um modo de classificar a histeria separada da epilepsia. Foi um dos professores de Sigmund Freud.

Das suas obras destacam-se os três volumes de “ Lições sobre as doenças nervosas tratadas em Salpêtrière, 1872-1887”

Erich Fromm (1900-1980)


  • Erich Fromm (1900 –  1980)
Erich Fromm, alemão, estudou direito na Universidade de Frankfurt e depois sociologia na Universidade de Heidelberg. Iniciou formação em psicanalise e após 7anos iniciou a sua prática clinica. Na universidade da Colômbia, Estados Unidos foi professor  e em 1946 é co-fundador do instituto William Alanson White, um instituto dedicado ao treino de psiquiatras e psicanalistas e de prática clinica em saúde mental na sua relação com a comunidade.
Fez  psicanalise com Theodor Reik. Das suas obras, percebe-se a oposição a Sigmund Freud em especial o lugar que o pai ocupa no desenvolvimento psicológico, valorizando a figura materna. Critica igualmente o complexo de édipo. Não aderiu a nenhuma escola apesar da sua prática clinica em psicanalise. Renunciou as regras da IPA – Associação Internacional de Psicanalise – em especial no que diz respeito ao tratamento no divã. Não tinha formação teórica em Psicanalise.
Das suas obras destacam-se: O Medo da Liberdade, 1941; O homem por si mesmo, 1947; A arte de Amar, 1956; A Paixão de Destruir, 1973.
Website:
 http://www.wawhite.org/
 

Michael Balint (1896 -1970)

Michael Balint (1896 – 1970)


Michael Balint, médico de profissão enveredou pela psicanalise através da sua primeira mulher Alice Szekely-Kovacs que fez uma análise com Sandor Ferenczi  que a tratou de uma agorafobia. Fez uma analise com Hanns Sachs  e Sandor Ferenczi a seguir. Tinha interesse pela psicossomática. Mudou-se para Londres, onde trabalhou na Clinica Tavistock. Nesta tem oportunidade de conhecer Wilfred Ruprecht Bion  e Jonh Rickman.

Dos seus trabalhos em psicanalise destacam-ses as conceções de Case Work ou Falha Básica.

Case Work ou Grupos Balint – trata-se de reuniões ou sessões de troca de relatos de casos clínicos entre médicos e psicanalistas

Falha Básica – é espaço que surge antes da instalação do édipo e descreve uma ausência – uma terceira parte estruturante- de toda a realidade objetal. Segundo M. Balint, o individuo fica entregue a si mesmo e é por isso levado a criar algo a partir de si mesmo. Também poderá ser descrita como o espaço que há entre as necessidades psicológicos e fisiológicas do bébe e o cuidados maternos.

           

Das suas obras mais importantes salientamos: “O médico, o seu Doente e a Doença”, (1957), “Amor primário e Técnica Psicanalítica” (1965), “A Falha Básica”, 1968, Seis Minutos por Paciente. Interações em consultas de medicina geral”, (1973), entre outros.


Website:

http://www.tccr.org.uk/

Peter Blos (1904 -1997)



  • Peter Blos (1904 - 1997)
 
Peter Blos, psicanalista de crianças e adolescentes, estudou educação na Universidade de Heidelberg.  Fez doutoramento em biologia pela Universidade de Viena. Teve dois filhos Mitch e Lille Mor, 4 netos e 3 bisnetos.
Do seu percurso pela psicanalise, destaca-se o conhecimento forte que travou com Anna Freud em 1920 que convidou Peter Blos para ser tutor dos quatro filhos da sua amiga Dorothy Burlingham, em Viena. Este aceitou e levou consigo o colega da adolescência e amigo de seu nome Erik Homberger – (mais conhecido mais tarde como Erik Erickson) -. Os dois construíram um ensino para crianças com princípios da psicanalise.
Peter Blos foi Diretor da Escola Hietzing Shule, a primeira escola no mundo a adotar a psicanalise como teoria na educação. Erik Erickson foi analisado por Anna Freud e tornou-se também ele psicanalista. Peter Blos foi analisado entre 1931 e 1933 por Salomé Isakower. Em 1933 mudou-se para os Estados Unidos e foi professor na Universidade de Harvard a par do seu colega e amigo Erik Erikson.
Deu continuidade à sua formação em psicanalise já em Nova Iorque, tornando-se numa das maiores referências em Adolescência. 
Publicou em 1961 a obra “Na Adolescência”. Em 1967, publicou outro livro de grande importância para o estudo da adolescência – “O Segundo Processo de Individuação da Adolescência”. Deste livro, destaca-se o 2º processo de separação-individuação na adolescência que defendeu e argumentou em diversos artigos e serve hoje de referência psicológica para outros autores e alunos de psicologia e outras áreas. Das suas obras descobrem-se influências teóricas fortes tais como as de Sigmund Freud (1856 – 1939) e Margaret Mahler (1897 – 1985).



Anna Freud (1985 -1982)


  • Anna Freud (1985-1982)
Anna Freud foi a sexta filha de Sigmund Freud (1856 – 1939) e de Martha Freud (1861-1951).  Foi psicanalista apesar da sua formação em ensino primário.Trouxe notoriedade à psicanalise e conviveu com nomes sonantes tais como Sandor Ferenczi, Karl Abraham, Ernest Jones, Melanie Klein, Erik Erikcon e Peter Blos, entre outros. Assumiu a edição das obras do seu pai e em 1929 foi eleita diretora do novo instituto de psicanalise de Viena. Foi direto do instituto de psicanalise em Viena.
Além da sua primeira obra “ O tratamento psicanalítico de crianças”, 1927, são conhecidas de Anna Freud, “ O Ego e os mecanismos de defesa”, (1936), “O normal e o patológico na criança” (1965), “A criança na psicanalise” (1976), “Entrevistas com Anna Freud” (1980)
 
Website:
http://www.annafreud.org/
 

Jacques Lacan (1901 1981)



  • Jacques Lacan (1901-1981)
Jacques Lacan, médico psiquiatra fundou o lacanismo. Parisiense. Reinterpretou quase todos os conceitos de S. Freud (1856 – 1939)  e difere de M. Klein (1882 – 1960) – que preconizou o movimento kleiniano – não os extrapolando mas explicitando-os, afastando a origem biológica e conferindo-lhes uma estrutura mais filosófica. Colega de Daniel Lagache, contribuiu para a criação do Instituto de psicanalise em França. Jaques Lacan, defendia que a psicanalise não era uma psicologia qualquer mas sim que devia estar associada à psiquiatria, filosofia e à linguagem. Em 1974, Jaques Lacan dirigiu o departamento de psicanalise na Universidade Paris VIII.
Trabalhou  conceitos tais como a sexualidade, a transferência, o recalcamento e a pulsão. A fase do espelho é de sua autoria e  O Nome-Do-Pai também. Expandiu a clínica das neuroses e das psicoses. Das suas obras destacam-se: O Seminário (1953 – 1979), 25 livros.

Website: