Ivan Pavlov (1849 – 1936)


Ivan Pavlov, médico russo que nasce em Riazán, 1849. Foi o filho mais velho de um padre. Frequentou o seminário e interessou-se pelas ciências naturais, estudando na Universidade de São Petersburgo. Depois de se licenciar ingressou em 1875, na Academia de cirurgia médica, obtendo o doutoramento e uma bolsa de investigação. Em 1980 torna-se professor da Academia Militar e foi nomeado diretor do departamento de fisiologia do Instituto de Medicina Experimental.

Ganhou o prémio nobel de fisiologia em 1904, estudando o sistema digestivo dos cães.

 Nos anos 90, Pavlov fez diversas experiências com cães, observando que esses salivavam não só com a comida mas também com a aproximação de um tratador que vestia bata branca. Pavlov, iniciou os seus estudos em fisiologia a partir da associação que existia entre o comportamento do animal – salivação- e a associação que este fazia da comida ao tratador. Dessa forma, através de um metrómano, mediu a quantidade de saliva que os cães produziam à comida e ao tratador, sem comida. Depois da relação estabelecida pelas animais, Pavlov substituiu o metrómano por uma campainha e outros estímulos, prosseguindo a mesma experiência até chegar ao resultado que esperou encontrar, a existência do comportamento condicionado. (a comida o estimulo incondicionante, a salivação, a resposta incondicionante, o tratador, o metrómano, a bata branca, o estimulo condicionante, e novamente a salivação ao estimulo condicionante, a resposta condicionante). De um simples acaso, Ivan Pavlov, tornou-se num dos primeiros cientistas ligados às teorias de aprendizagem no ser humano, através da sua teoria de comportamento condicionado, isto é, o ser humano, segundo Pavlov, podia ser condicionado desde a infância a se tornar naquilo que se desejasse. À parte dos direitos mais elementares do ser humano a influencia das suas teorias foram e são de enorme peso para a compreensão do ser humano e das múltiplas influências e condicionamentos que o constituem.

Obras que se destacam:

A função das principais glândulas digestivas, 1897

Reflexos Condicionados, 1928

Reflexos Condicionados e psiquiatria, 1941

Mary Ainsworth (1913 – 1999)


Mary Ainsworth, psicóloga canadiana, que nasceu em 1913 em Glendale – EUA – mas mudou-se com a família para o Canadá aos 5 anos. Era a filha mais velha de quatro raparigas de um casal de graduados que colocaram em grande destaque a educação das filhas. Sempre com a intenção de estudar psicologia, licenciou-se e doutorou-se em 1929,na Universidade de Toronto. A sua vida profissional iniciou-se pelo ensino na própria faculdade. Alistou-se e integrou as forças armadas femininas do Canadá em 1942 para a II guerra mundial - 1939 – 1942 -. Depois da guerra, Mary Ainsworth regressou à faculdade em 1946. Casou 5 anos depois , em 1950, e com o marido Leonard Ainsworth, e emigrou para Londres. Trabalhou com John Bowlby na Clinica Tavistock.

As suas investigações bem conhecidas sobre o attachement e a vinculação, incidiram sobre os efeitos que a mãe tem sobre o latente. Dos resultados dessas investigações destaca-se que quando a ligação ou vínculo ente a mãe a o bebe se rompe, a criança enfrenta problemas de desenvolvimento. A criança separada da mãe pode demonstrar dois tipos de apego ou attachement que se podem sintetizar da seguinte maneira:

Se não dá sinais de mal-estar ou desconforto pela separação, o apego é caracterizado como ansioso – evitativo. Se demonstra desconforto e um mal – estar crescente o apego é ansioso – ambivalente.

Em 1975, Mary Ainsworth obteve a titularidade como professora na Universidade da Virgínia. Retirou-se do ensino em 1984. Recebeu várias distinções pelos seus estudos sobre a vinculação e em especial o attachement tais como o da Associação de Psicologia de Maryland em 1973 e uma medalha de ouro da Fundação de Psicologia Americana. Faleceu em 1999.

As Obras que destacamos:

Child Care and the Growth of Love  - com John Bowlby, 1965

Infancy in Uganda, 1967

Patterns of Attachment, com M. Blehar, E. Waters, & S. Wall, 1978

Jean Piaget ( 1896 - 1980)


Jean Piaget, nasceu em 1896, na Suíça. Filho primogénito de um casal ligado à psicologia e à literatura, Jean Piaget interessou-se por biologia e psicologia. Estudou zoologia na Universidade de Neuchâtel, sua terra natal, até 1918 e Psicologia com Carl Jung e Paul Bleuler em Zurique. Também estudou Psicopatologia na Universidade de Sorbonne em Paris.

 Em 1920 trabalhou com Théodore Simon (1872 – 1961) e Alfred Binet (1857 – 1911) e evoluiu nas suas próprias teorias a partir dos testes que efetuava com Théodore Simon – testes de inteligências e desenho que estabeleciam a relação entre a idade da criança e a natureza dos seus erros. Jean Piaget por não concordar com a rigidez dos testes que Theódore Simon aplicava começou a fabricar umas alterações ao mesmo, com noções como a criatividade ou a imaginação. Desenvolveu os seus próprios estudos sobre a infância, identificando quatro estádios do desenvolvimento cognitivo: Estádio sensorio-motor (0-2 anos), Estádio pré-operativo ( 3 -7 anos), Estádio operacional ( 8-11 anos) e o Estádio das operações formais (12 -15 anos). Ao grupo de todas as suas teorias criadas, dá-se o nome de Epistemologia Genética de Piaget.

Jean Piaget morreu em 1980, em Genebra, na Suiça.

Das inúmeras obras de Jean Piaget, destacamos:

A formação do símbolo na criança, 1945

O nascimento psicológico da criança, 1936

Seis estudos de psicologia, 1964

Solomon Asch (1907 - 1990)


Solomon Asch, psicólogo Americano, nasceu em 1907, no seio de uma família judia em Varsóvia – Polónia -. Emigrou para os Estados Unidos em 1920, aos 13 anos. Viveu com a sua família em Manhattan – East Side – e aprendeu a língua inglesa lendo Charles Dickens (1812 – 1870).

Em 1928, Solomon Asch obteve a sua licenciatura em psicologia em Nova Iorque e doutorou-se na Universidade da Colômbia em 1932, com 25 anos. Foi influenciado por Max Wertheimer (1880 – 1943) com a Teoria da Gestalt. Essa influência vincou o seu pensamento e a sua teorização sobre o conformismo. Como profissional de psicologia deu aulas no Swarthmore College em 1947 e de no Instituto tecnológico do Massachusetts. Dirigiu a tese de doutoramento de Stanley Milgram (1933 – 1984) na Universidade de Harvard e também deu aulas na Universidade da Pensilvânia.

Dos seus estudos e análise de grupos e como psicólogo social,  Solomon defendeu que o ser humano tem tendência para se conformar, quando a maioria das pessoas à sua volta têm uma opinião diferente da sua. Segundo Solomon, o grupo no qual um individuo está inserido exerce uma forte influência sobre todos os seus membros. Um individuo por estar inserido em determinado grupo será fortemente impelido a pensar de forma contrária às suas convicções e a seguir em conformidade com a maioria do grupo, podendo mesmo convencer-se disso.

Solomon ficou conhecido pelo seu trabalho em psicologia social, tendo sido galardoado por diversas vezes. Uma das mais importantes distinções foi da comissão científica da Associação Americana de Psicologia. Faleceu aos 83 anos, em 1990.

Principais Obras:

Effects of Group Pressure Upon the Modification and Distortion of Jugment, 1951

Social Psychology,  1952

Opinions and Social Pressure, 1955

Studies of Independence and Conformity, 1956

Alfred Binet (1857 - 1911)


Alfred Binet foi um psicólogo francês que ficou conhecido pelas suas escalas de inteligência. Nasceu em Nice – França -. Licenciou-se em direito, pela Universidade de Nice em 1878, aos 21 anos, mas identificando-se com a psicologia, voltou a estudar, desta vez ciências pela Universidade de Sorbonne, em Paris.

Em 1883 aceitou um convite de Jean –Martin Charcot (1825 – 1893) para trabalhar no Hospital de la Salpêtrière. Trabalhou como psicólogo experimental e foi diretor associado ao lado de Jean-Martin Charcot até este falecer.

Depois do seu casamento com Edouard-Gérard Balbiani e do nascimento das suas duas filhas, Alfred Binet interessou-se pela inteligência e a aprendizagem. Em 1891, nomearam-no diretor adjunto do laboratório de psicologia experimental de Sobornne, do qual também chegou a diretor.

Um dos aspetos mais notáveis de Alfred Binet foram os estudos sobre a inteligência das crianças. Aderiu ao governo francês para assim conseguir conduzir os seus estudos, medindo o quoeficiente mental de inúmeras crianças francesas. Com Theodore Simon, esboçou um sistema para o Teste de QI, que identificava as forças mentais e as capacidades das crianças, individualmente e por comparação com crianças da mesma idade. Esta escala foi chamada de Escala de Inteligência de Binet-Simon. Alfred Binet e Theodore Simon foram a fonte de inspiração para o na altura aluno Jean Piaget (1896 – 1980)

O seu importante trabalho sobre a inteligência levou-o à fama e ao recolher de muitos prémios de grande prestígio tais como aquele atribuído pela academia francesa de Ciências Morais e Politicas ou o Premio Worth Prize Money. Foi reconhecido por todos os seus pares e tido como membro pela sociedade francesa de biologia em reconhecimento do seu trabalho notável no campo da psicobiologia. Mesmo depois da sua morte em 1911, aos 54 anos, Alfred Binet continuou a receber honras entre elas a mudança de nome da Société libre pour l’etude psychologique de l’enfance, que depois da sua morte ficou conhecida como Société Alfred Binet.